Preso, ex-marido de influenciadora Ana Pink entra na Justiça e pede dinheiro de aluguel de casa em Ribeirão Preto
17/04/2024
(Foto: Reprodução) Maiclerson Gomes da Silva exige R$ 7,5 mil por mês e alega ser proprietário de 50% do imóvel, que fica em condomínio de luxo em Bonfim Paulista. Influenciadora diz que dono é o filho dela. Ex-marido entra na Justiça contra Ana Pink e pede 50% do aluguel de casa em Ribeirão Preto
Ex-marido de Ana Pink, Maiclerson Gomes da Silva entrou na Justiça contra a empresária e influenciadora exigindo pagamento de R$ 7,5 mil por mês referente ao aluguel do imóvel onde os dois viviam em Ribeirão Preto (SP).
A casa em questão fica em um condomínio de luxo em Bonfim Paulista e é avaliada em R$ 3 milhões. O valor exigido foi determinado pela defesa dele após uma perícia apontar que o aluguel de um imóvel ali, considerando três quartos, seis banheiros e uma piscina, sai por R$ 15 mil.
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Maick e Ana Paula Ferreira Duarte foram condenados no ano passado por comandarem um esquema de empréstimos consignados fraudulentos para lavar dinheiro e teriam obtido mais de R$ 10 milhões de maneira ilegal.
Ele está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto e ela responde pelo crime em prisão domiciliar.
Ana Paula Ferreira Duarte, a Ana Pink, influenciadora alvo de ação na Justiça de Ribeirão Preto (SP)
Tiago Aureliano/EPTV
À EPTV, afiliada da TV Globo, a influenciadora falou que não considera o valor justo, principalmente porque atualmente o imóvel é de propriedade do filho dela, de 18 anos.
"A propriedade não é minha e nem dele [Maiclerson]. Uma vez que não somos proprietários, não tem porque nem eu e nem ele ter 50% desse valor, ou seja, 50% do valor desse imóvel. Esses imóveis pertencem à Wowe [empresa de empréstimo] e a Wowe pertence ao meu filho".
O processo corre em segredo de Justiça, mas a defesa de Ana Paula disse que aguarda ser citada e intimada para apresentar sua versão.
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Maick alega ser proprietário de 50% deste imóvel especificamente e ter mais 50% em um prédio comercial na Avenida Independência. A defesa dele não foi localizada para comentar o assunto.
Ana Pink diz que as propriedades sempre foram motivo de briga entre ela e o ex-marido.
"Discuti com ele várias vezes. Não entrei com ação indenizatória antes porque não tinha acesso ao contrato de compra e venda, porque ele sumiu com o contrato de compra e venda. À época, a contabilidade que eu tinha solicitava que fizesse pelo menos um contrato de empréstimo para justificar a saída desses imóveis, toda essa documentação sumiu. Ele dizia que estava em poder do Ministério Público, mas pelo menos a cópia eu consegui com a consultora que me vendeu o imóvel".
Ana Pink e Maick Gomes foram detidos em operação do Gaeco em Ribeirão Preto, SP
Redes Sociais
Esquema de lavagem de dinheiro
Ana Pink e Maick foram condenados a nove anos de prisão em abril do ano passado por envolvimento em esquema fraudulento de empréstimos consignados para lavar dinheiro e obter, ilegalmente, mais de R$ 10 milhões.
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Redes Sociais
As investigações começaram após denúncia do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2022, que apontou:
operações bancárias em nome de terceiros
aquisição de dados indevidos no sistema previdenciário por meio de hackers
saques em valores expressivos
movimentações incompatíveis com a renda declarada
Segundo as investigações, o casal fechava contratos em nomes de terceiros sem o consentimento deles. Ao menos 360 mil pessoas tiveram dados pessoais expostos pelo esquema criminoso.
Para isso, o Gaeco aponta que eram obtidas informações sigilosas de beneficiários do sistema previdenciário por uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de dados do INSS.
Essas planilhas compradas por Ana Pink, segundo as autoridades, continham dados como tipo de benefício a receber, existência de eventuais impedimentos, limites para empréstimos, banco e conta em que o pagamento é feito.
Ana Pink, empresária de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/ Redes sociais
Esse mesmo tipo de dado, de acordo com as denúncias, também era obtido por programas-robôs, desenvolvidos por outro investigado, que permitiam a invasão remota do sistema previdenciário
Segundo as autoridades, entre agosto de 2020 e março de 2021, informações sensíveis de mais de 360 mil beneficiários foram extraídas e destinadas aos envolvidos.
No dia da prisão de Ana Pink e Maick, também foram apreendidos documentos e extratos bancários. Além disso, a Justiça bloqueou os bens avaliados em R$ 114 milhões do casal e de outros suspeitos.
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